♪ Músicas online grátis! Acesse: www.powermusics.com

quarta-feira, 22 de junho de 2011


Início




Derivada da cultura mod, as primeiras manifestações desta cultura ocorreram por volta de 1967, alcançando o seu primeiro auge em 1969. Este período é chamado nostalgicamente pelos próprios skinheads como "espírito de 69" (ou "spirit of 69", termo cunhado na década de 1980 pela gangue Spy Kids). Eram majoritariamente formados por brancos e negros (estes últimos em sua maioria imigrantes jamaicanos) que frequentavam juntos clubes de soul e reggae, andavam em gangues e se vestiam de uma forma muito particular, em especial pelo corte de cabelo muito curto (daí o nome skinhead, que traduz-se grosseiramente como "cabeça pelada").

Os skinheads ganharam notoriedade nos jornais e na cultura popular da época por muitos deles promoverem confrontos nos estádios de futebol (o chamado hooliganismo) e alguns deles participarem de agressões contra imigrantes paquistaneses e asiáticos, influenciados por manchetes xenófobas de jornais sensacionalistas ingleses. No entanto, muitas das gangues xenófobas anti-asiáticos detestavam os grupos neonazistas e repudiavam o racismo contra negros, como foi o caso da gangue da década de 1970, Tilbury Skins, fundadora da Liga Anti-Paquistaneses e no entanto um grupo anti-nazista. Numa entrevista do livro Skinhead Nation, Mick, membro de uma das gangues skinheads Trojan, diz:


" Não há como sermos nazistas. Meu pai enfrentou nazistas na guerra. Todos nossos pais ajudaram. APL (Anti-Paki League, ou, Liga Anti-Paquistaneses) é específica. Só porque eu odeio paquistaneses, isso não me torna um nazista!"
Mick








Segunda geração


No final da década de 1970 houve uma "segunda geração" skinhead, chamados de bootboys, skinhead oi!, punk oi! ou simplesmente skinhead (chamados pela imprensa inglesa da época de grupos de anfetamina ou skinheads), decorrente da agitação provocada pela cultura punk e que acabou desencadeando um grande interesse por outros movimentos juvenis do passado, como os modsteddy boys e skinheads. A geração anterior ("espírito de 69") tinha como uma de suas características a ligação com a música jamaicana, principalmente o reggae, o rocksteady e o ska.
Com o surgimento da "revolução musical" do punk rock e sua ética de faça-você-mesmo, muitos skinheads se agregaram ao emergente streetpunk/oi!, que abrange tanto os aspectos musicais quanto culturais. Isso no entanto não significou o abandono do reggae e do ska. Nessa mesma época, muitos skinheads tornam-se grandes adeptos do revival do ska chamado Two Tone("dois tons", em referência às cores preta e branca — simbolizando a união de raças).

Ficheiro:Skinheads in Brighton, England-2006.jpg

Fragmentação


A partir da década de 1980, a constante pressão da mídia sensacionalista inglesa acerca da infiltração do preconceito racial dentro da cultura skinhead (infiltração promovida por uma política deliberada do partido de extrema-direita National Front), somada ao surgimento de um engajamento político dentro desta cultura (tanto à esquerda quanto à direita, além do anarquismo) resultou na fragmentação em vários submovimentos rivais. Desde então, constantemente estes grupos não reconhecem uns aos outros como verdadeiros representantes da cultura skinhead, e é comum que cheguem a se enfrentar fisicamente.
Entre os principais atritos estão as divergências explícitas como entre esquerdistas e direitistas, racistas e não-racistas, politizados e apolíticos. Mas também há grande hostilidade entre um grupo de divergência sutil como os nazistas, conservadores xenófobos e defensores de uma supremacia racial branca, anti-semitas e neonazistas.


A cultura skinhead da década de 1960 era formada maioritariamente por jovens da classe operária britânica. O vestuário skinhead, com botas e suspensórios, reflete em certa medida a indumentária operária da Inglaterra desta época. Existem diversas particularidades culturais e ideológicas que definem diferentes tipos de skinheads, é impossível distingui-los pela avaliação visual um skinhead de direita, tradicional, SHARP ou RASH.




Fonte:wikipedia









Grupos de skinheads políticos e apolíticos


Skinhead trojan


Skinhead trojan (também conhecido como skinhead tradicional ou apenas trad skin) é um indivíduo que se identifica com a subcultura skinhead original britânica do final dos anos 60, quando o skarocksteadyreggae e soul eram populares, e houvia uma forte ênfase na influência do estilo de vestuário mod. Nomeado após a gravadora Trojan Records, os skinheads se identificam com a subcultura rude boy jamaicana e com a classe trabalhadora britânica dos mod roots.

Trad skins e rude boys em Londres1981.




 O cabelo é geralmente raspado entre 2 e 4centímetros (curto, mas não careca), em contraste com os cabelos curtos dos punks influenciados pelos Oi! skins dos anos 80.
Devido à sua apreciação da música tocada por negros, eles tendem a não serem racistas ou mesmo anti-racista, estando associada a grupos como o SHARP (Skinheads Against Racial Prejudice) contrário dos skinheads white powers (uma facção que se desenvolveu no final dos anos 70, com a ajuda do British National Front (Frente Nacional Britânica, NF).
Os skinheads trojan geralmente se vestem num estilo skinhead típico dos anos 60, que inclui itens como: camisas button-down Ben Sherman, camisas polo Fred Perry, cintas,ternos equipados, pulôveres, blusas sem mangas, jaquetas Harrington e casacos Crombie.

The Spirit of '69 é a frase usada por skinheads tradicionais, para comemorar o que eles identificam como auge da subcultura skinhead de1969. A frase foi popularizada por um grupo de skinheads escocêses Glasgow Spy Kids.[4] Após ser usado no título do livro que conta a história dos skinhead, Spirit of 69: A Skinhead Bible, levou os skinheads a adotá-la em todo o mundo. O livro foi publicado no início de1990 pelo autor George Marshall, um skinhead de Glasgow.[5] No documentário Spirit of '69: A Skinhead Bible de Marshall mostra as origens e o desenvolvimento da subcultura skinhead, descrevendo os elementos, tais como música, vestuário e política na tentativa de refutar muitas percepções populares sobre skinheads, como a mais comum que diz que todos eles são racistas.

Típicas mulheres skinheads.


Durante a primeira metade da década de 1970, o movimento skinhead estava em declínio. É com o nascimento do punk 77 e o declínio damúsica jamaicana que o skinhead volta à vida, trazendo de volta em voga, no entanto um culto diferente do original, agora com a nova música classificada como Oi! uma espécie de punk rock ruaceiro da classe proletária. Enquanto o vestuário foram os traços do skinhead "trabalhador":botassuspensórios, camisas xadrez, jaqueta, cabeça raspada e calças jeans. Na década de 1980, alguns skinheads tentaram retornar às antigas raízes do movimento, influenciado pela cultura mod e os rude boys jamaicanos e a maioria sem influências da política, em oposição à nova geração de skinheads que tinham abandonado as raízes dos anos 60 e apoiado a música punk que ia surgindo, muitas vezes proclamandoativistas políticos. Daí o termo skinheads trojan é atribuído também para aqueles indivíduos que posteriormente preservam a cultura original e não apenas ao movimento original sessentista.

Foi precisamente por causa destes ocorridos, que nasceu em Nova York, em torno de meados dos anos oitenta, a organização SHARP (Skinheads Against Racial Prejudice), com a intenção de restaurar as antigas raízes, identificando-se como apolíticos e reagrupamento skinheads com diferentes pontos de vista políticos, mas só anti-racistas, em oposição ao racismo e aos skins neo-nazistas. A organização foi mais tarde também exportada para a Europa, graças a Roddy Moreno, líder do Oppressed.
Esta organização optou por se identificar com o logotipo de capacete troiano, que pertencia à mesma gravadora Trojan Records (selo inglês demúsica negra que se caracterizou no primeiro movimento skinhead politizado), desejando assim simbolizar a ligação entre a organização e não de idade, as origens político e anti-racista dos anos sessenta e parte dos anos setenta. Também por esta razão, eles decidiram mudar o nome "skinhead tradicional" para "skinhead trojan".


Suedehead

Suedehead ou sued foi uma tendência skinhead surgida entre 1970 e 1973. Assim como os suedeheads havia outros grupos que também tiveram uma curta existência como ossmoothies, os crombie boys entre outros.
Os suedeheads é outra dessas tendências, formada por skinheads freqüentadores das festas de skareggaerocksteady e northern soul que lotavam as entradas dos clubes e bailes, e como 1969 ainda era recente, havia uma enorme influência do universo mod, tanto no seu lado musical, visual e no seu estilo de vida.
O estilo de vida dos suedeheads tinha um certo sentido revival, mais de maneira bem mais moderna que ajudou a fundar costumes no meio skinhead. Assim como os mods, eles cultuavam scooters Lambretta e Vespa, gostavam de cultuar a imagem, estavam sempre arrumados, alinhados, botas e sapatos bem polidos. Também estavam sempre em festas, envolvidos na vida noturna.
Os suedeheads foram responsaveis por popularizar muitas das marcas de roupas conhecidas hoje em dia como marcas tradicionais da cultura skinhead. Enquanto os bootboys saquavam lojas e usavam roupas como Lonsdale, Warriors e Adidas, os suedeheads usavam camisas polos Fred PerryBen Sherman, roupas e acessorios da Merc, sueters sem manga, sobre-tudo alinhado. Com a popularização do reggae na Inglaterra em 1970, os suedeheads viram um sinal de que sua cultura podia continuar moderna e viva nas festas de ska/reggae.
A gravadora Trojan Records que foi uma das responsaveis pela difusão e propaganda do reggae na Inglaterra, chegou a lançar em 1971 um box com 50 músicas em homenagem aos suedeheads londrinos. A box mostra faces do ska/reggae mais moderno, como Lee Perry ("Jungle Lion" e "Black Ipa") e Toots & the Maytals ("Louie Louie").



Fonte:wikipedia

F.A.S.H.




Drapeau noir.svg

F.A.S.H (abreviação de Federación Anarco Skinhead, em portuguêsFederação Anarquista de Skinhead) é uma federação criada entre o fim de 2002 e início de 2003 em Madrid naEspanha formada em sua maioria por skinheads e também por pessoas ligadas ao movimento, diferenciando-se da R.A.S.H. e S.H.A.R.P. por possuir membros exclusivamente anarquistas. Teve início através de debates entre skinheads antifascistas e anarco-punks, o intuito era expandi-lá para o resto do país e também para outras partes do mundo, seus objetivos são coletivos e permitem que novos indivíduos forneçam novas ideias. Acreditam que com luta combateram a manipulação do movimento skinhead feita pela mídia burguesa.


 A F.A.S.H. Zona Norte, surgiu para organizar e estabelecer vínculos com indivíduos e grupos, eles tem uma visão comum da vida que é a luta para que skinheads e anarquistas cresçam o mais rapidamente possível, mudar o mundo em que eles vivem e transformar suas próprias vidas.




Carecas do Brasil


Surgido no início dos anos 80, como uma dissidência do movimento punk na zona leste de São Paulo e no ABC paulista. Inicialmente sem nenhuma informação e ligação com a cultura skinhead do final dos anos 60 e início dos anos 70, foram influenciados pelo punk oi! que existia na Inglaterra dos anos 80.
A proposta original era um retorno às origens do movimento punk paulista, aliada à uma ideologia baseada na violência e no vandalismo, no patriotismo, no anti-racismo, no anti-militarismo, contra os políticos e seus partidos, contra a polícia, contra a igreja. Com o passar do tempo, foram se desvinculando dessa proposta original e adquiriram um caráterconservador, que levou a se posicionar e promover ações contra esquerdistas, diferentes tribos urbanas (em especial àquelas ligadas ao pensamento de esquerda), drogados ehomossexuais. Facções ligadas a neonazistas também agridem, em alguns casos, judeusprostitutas, e outras minorias.

As principais gangues e a maioria dos indivíduos são anti-racistas uma vez que defendem a tese de que a identidade e raça original da população brasileira é a miscigenação de todas as raças, mas existem carecas indiferentes ou simpatizantes de ideais nazi-fascistas e racistas, em especial na região Sul e Sudeste do país, onde há um movimento de independência de caráter muitas vezes branco-separatista.
Atualmente, sua postura ideológica é fundamentada, numa mistura de nacionalismohomofobia, anti-racismo, anti-comunismo, anti-anarquismo e anti-drogados. Sua postura ideológica é confusa e cheia de contradições. Embora assumam uma postura anti-racista, além de bandas do estilo musical punk oi! (não envolvidas com ideologias racistas), ouvem bandas internacionais ligadas a ideologia white power, cujo estilo musical é denominado de RAC (envolvidas em países europeus e norte-americanos com ideologias racistas) e as bandas de carecas brasileiros se auto-rotulam dentro desse estilo. Sua postura anti-drogados entra em contradição com o problema do alcoolismo dentro do movimento careca.

As gangues paulistas Carecas do Subúrbio e sua dissidência, Carecas do ABC, se tornaram famosas na cultura popular devido a episódios de violência amplamente divulgados pela mídia.
Alguns integrantes dos Carecas do Subúrbio nas comemorações de 1 de maio de 1988, unidos a membros da extinta Ação Integralista Brasileira e do Movimento Participativo Nacionalista Social, além de mais três entidades políticas de extrema-direita, entraram em confronto com manifestantes da organização sindicalista de esquerda CUT. Isso gerou divergências dentro do movimento careca na época, pois alguns não queriam a entrada de ideologias associadas à movimentos políticos dentro do movimento careca e nem serem usados como massa de manobra por esses movimentos. Ainda no final dos anos 80, esse e outros episódios provocaram a fragmentação do movimento careca em várias facções devido à divergências ideológicas.

Em 6 de Fevereiro de 2000, o adestrador de cães e homossexual Edson Néris da Silva foi espancado até a morte por membros da gangue Carecas do ABC, a policia apurou o envolvimento de 18 indivíduos, por estar andando de mãos dadas com seu companheiro, Dário Pereira Netto, que conseguiu fugir.

Em 7 de Dezembro de 2003 os Carecas do ABC se tornam novamente notícia quando três de seus membros, no caminho de volta de uma reunião da gangue, ameaçaram com armas brancas dois adolescentes (Cleiton da Silva Leite, 20 anos, e Flávio Augusto Nascimento Cordeiro, 16 anos, motivados pelas camisetas com estampa de bandas de punk rock), e os forçaram a pularem pela janela do trem em movimento em que estavam, resultando na morte de Cleiton e no amputamento do braço direito de Flávio.

Fonte:wikipedia




R.A.S.H.





R.A.S.H (abreviação de Red and Anarchist Skinheads, em português: skinheads comunistas e anarquistas) são skinheads ligados ao anarquismo ou ao comunismo. Se posicionam abertamente contra o fascismo, o neonazismo e todo tipo de preconceito como o racismo e a homofobia. Alguns membros da RASH fundaram torcidas organizadas como as Ultras Contra o Racismo em Portugal, como uma forma de se posicionar contra o racismo e o neonazismo presente nas torcidas organizadas de futebol. Os RASHs fazem campanhas e organização de concertos. Eles também atacam skinheads de extrema-direita (os boneheads) tentando expulsá-los das ruas. Sua luta atinge as principais causas da justiça e da luta global contra o capitalismo.


Foi fundada em Nova York nos Estados Unidos em 1993, e em Montreal e Quebeque em 1994. Apareceu pela primeira vez na França em Le Havre antes de se espalhar para as cidades de Marselha e Bordeaux e no resto do país. A R.A.S.H. é de um grupo relativamente recente do final dos anos 90 de redskins comunistas e skinhead da nova geração influenciados pelo anarquismo. Os skinheads estão comprometidos com a extrema-esquerda, ou mesmo o que os cientistas políticos chamam de ultra-esquerda (discurso revolucionário) ou grupos de autonômos, isto é, não vinculados a grandes partidos políticos. O termo "red", que remete para o comunismo, que literalmente significa "vermelho" e "redskins" pode parecer em desacordo com o "anarquista".

O anarquismo é, estritamente falando, uma doutrina libertária socialista (baseado no ideal de liberdade), que tende a criar uma sociedade sem um estado ou propriedade privada (veja os escritos de ProudhonBakunin,Kropotkin…). O comunismo é outra doutrina socialista, construído principalmente por Karl Marx, que observou uma luta de classes que existe entre a burguesia, por um lado e do proletariado, por outro. Ele defende a tomada do poder pelo Partido Comunista em nome do proletariado, para estabelecer a aquisição por parte do proletariado, o único esquema considerados aptos a realizar as reformas que levariam a uma sociedade ideal, sem um estado ou propriedade privada. Em resumo, podemos dizer que os comunistas e anarquistas tendem para o mesmo ideal, mas estão divididos sobre como chegar lá.

Os RASHs são animados pela convicção de que os skinheads são um movimento juvenil verdadeiramente proletário e internacional. Composição do movimento skinhead é um complemento lógico à política ou sindical. Os RASHs franceses são próximos das seguintes organizações: a CNT(Confederação Nacional do Trabalho, sindicalista revolucionária), FA (Federação Anarquista), l'UA (União anarquista), l'OCL (Organização Comunista Libertária) e LCR (Liga Comunista Revolucionária, um partido trotskista), SCALP. Outro exemplo é a internacional Anarchist Black Cross (organização anarquista revolucionária) ou Internacional Socialismo (movimento trotskistas anglo-saxónica).


Fonte:wikipedia